Em carta ao seu filho, Einstein escreveu,
“A vida é como uma bicicleta, para manter o equilíbrio tens de continuar a pedalar”.
No inicio foi simples. Amparado por duas rodinhas extra, bastava-lhe dar aos pedais, lentamente em círculos, com a língua de fora, para trás e para a frente. Escutava os comentários do papá babado, que permanecia atento sem tirar os olhos do pequenote. O estímulo e o despique ultrapassavam qualquer fraqueza mas o cuidado e o cagaço resistiam. Cada movimento era decisivo, ganhava-se confiança e perdia-se medo. Casualmente ia-lhe elevando o moral e diminuindo o apoio lateral. Abria-se uma brecha ao risco e deixava-o que pedalasse à aventura, sem as tais rodinhas. Tornou-se mais complicado mas o sucesso só dependeu dele.
É uma questão de equilíbrio e percepção. O erro e o trambolhão estão garantidos mas não há que recear. O caminho é longo e às vezes tão difícil mas, se a teimosia surpreende, com coragem e vontade tudo se torna mais fácil, tudo será mais natural.
“Vai em frente rapaz, faz-te à vida”, encoraja-o o pai. “Vai devagar meu filho, tem cuidado…”, pede-lhe a mãe. E ele lá vai, quase todos os dias, a pedalar para a escola.
(viajem pela memória às primeiras pedaladas do meu filho)
Pelos vistos no tempo do Einstein não havia o descanso para as bicicletas… 😉
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